Featured articles en vedette Artículos Artigos destacados Ausgewählte Artikel Articoli in evidenza

Affichage des articles dont le libellé est Alastair Crooke. Afficher tous les articles
Affichage des articles dont le libellé est Alastair Crooke. Afficher tous les articles

14/09/2021

ALASTAIR CROOKE
It’s Raining Scarlet Letters-Il pleut des lettres écarlates-Ainda chovem Letras Escarlates


 Alastair Crooke, Strategic Culture Foundation, 6/9/2021

The Scarlet Letter is the tale of Hester Prynne in Puritan 17th century America. The story begins after Hester gives birth to a child out of wedlock and refuses to name the father. As a result, she is sentenced to be mocked by a jeering crowd, undergoing “an agony from every footstep [from prison cell to the market square] of those that thronged to see her, as if her heart had been flung into the street for them all to spurn and trample upon.” After that, she must wear a scarlet ‘A’ – for adulterer – pinned to her dress for the rest of her life. On the outskirts of Boston, she lives in exile. No one will socialize with her—not even those who have quietly committed similar sins, among them the father of her child – the saintly village preacher. The scarlet letter has “the effect of a spell, taking her out of the ordinary relations with humanity, and enclosing her in a sphere by herself”.

Of course today, we look on with smug satisfaction about how progressive, science-driven and modern we are. Scarlet letters don’t happen today, we tell ourselves – except they do. It is raining scarlet letters, in fact. It is perfectly true that a woman giving birth out of wedlock today will not be mocked by a jeering crowd. No – but we have replaced those 17th century taboos with new, rigid ones which appear, remarkably, as the polar inverse of the earlier crop. Anne Applebaum argues that the treatment meted out to today’s transgressives – though couched in contemporary idiom – is no less capricious, no less punitive, than in Puritan Massachusetts of the 1640s.Read more

La Lettre écarlate [un roman de Nathaniel Hawthorne, NdT] raconte l’histoire d’Hester Prynne dans une colonie de l’Amérique puritaine du XVIIe siècle. L’histoire commence après qu’Hester a donné naissance à un enfant hors mariage et refusé de nommer le père. En conséquence, elle est condamnée à être raillée par la foule, à subir « une agonie de honte à chaque pas [de sa cellule de prison à la place du marché] de la part de ceux qui se pressent pour la voir, comme si son cœur était jeté dans la rue pour qu’ils l’écrasent et le piétinent ».

Après cela, elle doit porter un « A » – pour adultère – écarlate épinglé à sa robe pour le reste de sa vie. Dans la banlieue de Boston, elle vit en exil. Personne ne veut la fréquenter, pas même ceux qui ont secrètement commis des péchés similaires, dont le père de son enfant, le prédicateur du village qui affecte la sainteté. La lettre écarlate a « l’effet d’un mauvais sort, la soustrayant aux relations ordinaires avec l’humanité et l’enfermant dans une sphère à part ».

Bien sûr, aujourd’hui, nous nous considérons avec autosatisfaction comme des gens progressistes, scientifiques et modernes. Les lettres écarlates n’existent plus, nous disons-nous – sauf que de fait, elles existent. En fait, il pleut des lettres écarlates. Il est parfaitement vrai qu’une femme qui accouche hors mariage aujourd’hui ne sera pas raillée par une foule hargneuse. Non, mais nous avons remplacé ces tabous du XVIIe siècle par de nouveaux tabous qui apparaissent, de façon remarquable, comme l’inverse exact de ceux de la culture antérieure. Ann Applebaum affirme que le traitement réservé aux transgresseurs d’aujourd’hui – bien que formulé dans un langage contemporain – n’est pas moins capricieux, pas moins punitif que dans les colonies du Massachusetts puritain des années 1640. Lire la suite

A Letra Escarlate [ing. The Scarlet Letter)  é a história de Hester Prynne na América puritana do século 17. A história começa depois que Hester dá à luz uma criança fora do casamento e recusa-se a declarar o nome do pai. Resultado disso, é condenada ao escárnio por uma multidão enfurecida, e a passar “por agonia a cada passo [da prisão até a praça do mercado], perseguida pelos que se empurravam para vê-la, com o coração jogado na sarjeta, para que todos cuspissem e sapateassem nele.” Depois disso, tem de usar um “A” – de “adúltera” – preso ao vestido, pelo resto da vida. Nos arredores de Boston, Hester vive em exílio. Ninguém fala com ela – sequer quem, em silêncio, cometeu pecados semelhantes, dentre os quais o pai da criança e sacrossanto pastor pregador da aldeia. A letra escarlate tem “efeito de feitiço, arrancando-a das relações comuns com a humanidade e encerrando-a numa esfera de solidão, só dela”.

Claro que, hoje, observamos com satisfação arrogante o quanto somos progressistas, modernos, conduzidos pela ciência. Hoje não acontecem letras escarlates, dizemos a nós mesmos –, mas o problema é que, sim, acontecem. De fato, chovem letras escarlates. É perfeitamente verdade que uma mulher que tenha filhos fora do casamento não será agredida por multidão ululante. Não – mas substituímos aqueles tabus do século 17 por tabus novos e rígidos que espantosamente parecem ser como o polo inverso complementar da amaldiçoada colheita anterior.  Leia mais

ALASTAIR CROOKE
Microcosmo do ‘Grande Reset’: a ‘derrota orientada por dados’ no Afeganistão

Alistair Crooke, Strategic Culture Foundation, 30/8/2021
Original:
The ‘Great Reset’ in Microcosm: ‘Data Driven Defeat’ in Afghanistan
Traduzido pelo
Coletivo de Tradutores Vila Mandinga
Version française: La bulle du « Grand Reset » : une ‘défaite fondée sur les données’ en Afghanistan

https://bloximages.chicago2.vip.townnews.com/madison.com/content/tncms/assets/v3/editorial/1/28/128fb921-c461-5817-b75d-cb935645b816/6079c166bbfef.preview.jpg?crop=768%2C576%2C16%2C0&resize=1200%2C900&order=crop%2Cresize 

O programa ‘construir-nação’ chegou em 2001 ao Afeganistão. As intervenções ocidentais no velho bloco oriental nos anos 1980s e primeiros anos da década seguinte foram espetacularmente efetivas para destruir a velha ordem social e institucional; mas foram também espetaculares no fracasso: não conseguiram substituir, por sociedades movidas por instituições novas, as sociedades implodidas.

O novo mantra para todo o planeta passou a ser a ameaça que seriam para todo o planeta os ‘estados falhados’, e o Afeganistão – consumada a destruição decidida depois do 11/9 – precisaria de intervenção de forças externas. Estados fracos e falhados criariam terreno fértil para o terrorismo; e com ele vinha a correspondente ameaça à ‘ordem global’, como então se dizia. O Afeganistão teria de ser o berço de uma nova visão liberal de mundo.

Em outro nível, a guerra no Afeganistão tornou-se
outro tipo de cadinho. Em termos muito concretos, o Afeganistão converteu-se em campo de testes de toda e qualquer inovação em matéria de projeto de tech menagement – gerenciamento tecnocrático. – Cada inovação foi apresentada como precursora de futuro cada vez mais amplo para todos. Abundaram os financiamentos: ergueram-se prédios, e um exército de tecnocratas globalizados desembarcou no Afeganistão para supervisionar o processo. Big data, Inteligência Artificial e conjuntos sempre crescentes de métricas técnicas e estatísticas, com certeza derrubariam as velhas ideias ‘indigestas’.

Sociologia militar aplicada por ‘Human Terrain Teams’ [equipes encarregadas de mapear as populações, definidas como “Terreno Humano”] e outras criações inovadoras, foram disparadas com a missão de impor ordem ao caos. Aqui, a força total de todo o planeta-ONGs, as mais brilhantes mentes daquele governo internacional presuntivo, ganharam um playground com recursos praticamente infinitos à sua inteira disposição.

Tudo estava pensado para que o Afeganistão fosse a vitrine-show do
gerencialismo tecnológico. Presumiu-se que um modo adequadamente técnico e científico de compreender a guerra e a construção-de-nações conseguiria o que ninguém jamais conseguira, e assim se criaria uma sociedade pós-moderna, extraída diretamente de uma complexa sociedade tribal, com sua específica história narrada.

O ‘novo’ chegou, como se viu, embalado numa torrente de caixotes de ONGs marcadas como ‘modernidade pop-up’ [‘modernidade’ que abre automaticamente na tela do computador...].

10/05/2021

USA: un círculo cada vez más estrecho de políticas de sustitución

   Alastair Crooke 

  Traducido por S. Seguí, Tlaxcala

  Original
  Português


Pareciera que “el equipo” quiere librar una guerra de quinta generación y a la vez exigir (y esperar) la cooperación de sus “adversarios”.

La política exterior de Estados Unidos se ha convertido en una especie de cubo de Rubik global: en un momento dado, el cubo es todo rojo y “el equipo” parece estar dispuesto a suavizar las tensiones con Rusia o China. pero al momento siguiente el cubo presenta una faceta diferente y Washington pasa a las duras sanciones, los insultos y las demostraciones militares de fuerza. Lo que resulta más desconcertante es que el cubo sea tan agresivamente azul un día, y por contra el día anterior o el siguiente presente un color rojo apaciguador.

Está claro que Estados Unidos pretende mantener su primacía a través de su autodefinido “orden global”. Sin embargo, la impresión que da es que “el equipo” quiere librar una guerra de quinta generación y al mismo tiempo, exigir –y esperar—   la cooperación de sus “adversarios” en unos pocos asuntos de interés para Estados Unidos (como el cambio climático, que es el fundamento desde el que esperan relanzar su hegemonía económica). No es de extrañar que el resto del mundo se rasque la cabeza pensando que estas contradicciones no tienen ningún sentido, lo que impide que cualquiera de los dos supuestos tenga éxito.

Algunos especulan que hay diferentes “equipos” que se apoderan periódicamente del manejo de los hilos de la Casa Blanca. Tal vez haya algo de verdad en esto. Pero quizás también, el error sea que estamos fijados en ver la política exterior actual a través del prisma demasiado convencional de un Estado que persigue sus intereses nacionales en el extranjero.