Affichage des articles triés par date pour la requête Pepe Escobar. Trier par pertinence Afficher tous les articles
Affichage des articles triés par date pour la requête Pepe Escobar. Trier par pertinence Afficher tous les articles

11/08/2021

PEPE ESCOBAR
Todos los caminos conducen a la batalla por Kabul

Pepe Escobar, Asia Times, 10/8/2021
Traducido del inglés por Sinfo Fernández

 Una ciudad tras otra va pasando del control del gobierno a manos de los talibanes, pero el desenlace no está claro aún.


Milicianos afganos vigilan en un puesto de avanzada contra los insurgentes talibanes en el distrito de Charkint, provincia de Balkh, el pasado mes de junio.
(Foto: Farshad Usyan/AFP)

Las siempre esquivas negociaciones del proceso de “paz” afgano se reanudan este miércoles en Doha a través de una troika ampliada: USA, Rusia, China y Pakistán. El contraste con los hechos acumulados sobre el terreno no podría ser más marcado.

En una guerra relámpago coordinada, los talibanes han sometido nada menos que seis capitales de provincia afganas en tan solo cuatro días [*]. La administración central de Kabul lo va a tener difícil en Doha para defender su estabilidad.

La cosa va a peor. El presidente afgano Ashraf Ghani ha enterrado ominosa y prácticamente el proceso de Doha. Ha apostado ya por la guerra civil, desde el armamento de los civiles en las principales ciudades hasta el soborno generalizado de los señores de la guerra regionales, con la intención de construir una “coalición de los bien dispuestos” para luchar contra los talibanes. 

La toma de Zaranj, la capital de la provincia de Nimruz, fue un gran golpe talibán. Zaranj es la puerta de acceso de la India a Afganistán, y más allá a Asia Central, a través del Corredor Internacional de Transporte Norte-Sur (INSTC, por sus siglas en inglés).

La India pagó la construcción de la autopista que une el puerto de Chabahar en Irán -el centro clave de la fallida versión india de las Nuevas Rutas de la Seda- con Zaranj.

Lo que está en juego es un paso fronterizo vital entre Irán y Afganistán, además de un corredor de transporte para el sudoeste y el centro de Asia. Sin embargo, los talibanes controlan ahora el comercio en el lado afgano. Y Teherán acaba de cerrar el lado iraní. Nadie sabe qué ocurrirá a continuación.

Los talibanes están llevando meticulosamente a cabo un plan maestro estratégico. No hay evidencias contundentes del mismo todavía, pero (¿ayuda externa altamente informada, inteligencia pakistaní del ISI?) es plausible.

En primer lugar, conquistan las zonas rurales, algo que han conseguido prácticamente en al menos el 85% del territorio. Después, controlan los puestos de control fronterizos clave, como los de Tayikistán, Turkmenistán, Irán y Spin Boldak con Baluchistán en Pakistán. Por último, tratan de rodear y tomar metódicamente las capitales de provincia: en eso estamos ahora.

El acto final será la batalla por Kabul. Es posible que esto tenga lugar ya en septiembre, en una retorcida “celebración” de los 20 años del 11-S y de los bombardeos usamericanos sobre los talibanes de 1996-2001. 

13/07/2021

PEPE ESCOBAR
“Perdido numa selva romana de dor”[1]
Elogio a James Douglas Morrison, poeta do século 20, morto há meio século, aos 27 anos

Pepe Escobar, The Vineyard of the Saker, 3/7/2021

Traduzido pelo  Coletivo de tradutores Vila Mandinga 


Ele foi como o tigre de Blake,
[2] sempre em fogo, e à caça de arco-íris de Rimbaud[3] – para acabar numa banheira, como Marat.[4] Tinha só 27 anos.

Jim Morrison morreu dia 3 de julho de 1971, em Paris. Meio século depois,
The Collected Works of Jim Morrison: Poetry, Journals, Transcripts, and Lyrics celebra luxuosamente a alma do poeta.


Em vida, Jim publicou, ele mesmo, três edições limitadas de sua poesia: The Lords/Notes on Vision (1969), The New Creatures (1969), e An American Prayer (1970).

Agora, afinal, temos acesso a todos os seus escritos, incluído o roteiro para o filme experimental de Jim, 50 minutos,
HWY, filmado ao estilo do cinema-verdade de Godard, na primavera e verão de 1969 em L.A. e no deserto de Mojave, com Jim no papel de um caroneiro de beira de estrada. Amantes de carros antigos gostarão de ver Jim ao volante de seu Mustang Shelby GT 500, no HD clip de um filme inspirado por HWY.

The Collected Works dá a sensação de um colar de fragmentos mágicos de jade, completado com páginas manuscritas em cadernos, palavras rasuradas, sublinhadas, o resultado talvez similar ao ‘Plano para Livro’ que Jim certa vez esboçou.

10/07/2021

Momento Saigon no Hindu Kush

Pepe Escobar, Asia Times, 7/7/2021
Traduzido pelo  Coletivo de tradutores Vila Mandinga 

And it’s all over
For the unknown soldier
It’s all over
For the unknown soldier

The Doors, The Unknown Soldier[1]


Comecemos com alguns espantosos fatos em campo.

Os Talibã estão operando em tempo integral. No início dessa semana, seu braço de Relações Públicas dizia que têm sob seu controle 218, dos 421 distritos afegãos – capturando mais e mais a cada dia. Dezenas de distritos são contestados. Províncias afegãs inteiras são perdidas, basicamente inacessíveis para o governo de Cabul – reduzido, de facto a administrar umas poucas cidades espalhadas pelo país e sob cerco.


Já dia 1º de julho, os Talibã anunciaram que controlavam 80% do território afegão. É próximo do que havia há 20 anos, poucas semanas antes do 11/9, como o
Comandante Masoud me disse, no vale Panjshir, quando preparava uma contraofensiva, que os Talibã dominavam 85% do país.

A nova abordagem tática deles funciona como sonho. Primeiro, há o apelo direto aos soldados do Exército Nacional Afegão, ENA [ing. Afghan National Army, ANA], para que se rendam. Negociações rápidas – e acordos cumpridos. Alguns (poucos) milhares de soldados já se uniram aos Talibã sem que um só tiro tenha sido disparado.

Os responsáveis por construir mapas não têm tempo suficiente para carregar dados atualizados em tempo real. O Afeganistão vai-se rapidamente convertendo em caso exemplar de colapso de governo central em pleno século 21.

Os Talibã estão avançando rapidamente no Vardak ocidental, capturando facilmente bases do ENA. É como o prólogo de um assalto contra Maidan Shar, capital provincial. Se obtiverem o controle de Vardak, estarão literalmente às portas de Cabul.

Depois de capturar o distrito de Panjwaj, os Talibã estão também a uma pedrada de distância de Kandahar, fundada por Alexandre, o Grande em 330 a.C. e cidade onde um certo mulá Omar – com pequena ajuda de seus amigos dos Serviços Especiais paquistanesas (ISI) – iniciou a aventura dos Talibã em 1994, liderando a tomada do poder em Cabul em 1996. 

A grande maioria da província Badakhshan – maioria Tadjique, não Pashtun – caiu depois de apenas quatro dias de negociações, com umas poucas escaramuças. Os Talibã até capturaram um posto de colina, muito próximo de Faizabad, capital do Badakhshan.

Rastreei em detalhe a fronteira Tadjique-Afeganistão, quando
viajei pela estrada Pamir no final de 2019. Os Talibã, seguindo trilhas de montanha do lado afegão, conseguiu alcançar rapidamente a lendária, desolada fronteira com Xinjiang no corredor Wakhan.

Os Talibã estão também próximos de um movimento contra Hairaton, na província Balkh. Hairaton está na fronteira afegã-uzbeque, local da historicamente importante Ponte da Amizade sobre o Amu Darya, pela qual o Exército Vermelho partiu do Afeganistão em 1989.

Comandantes do ENA juram que a cidade está agora protegida por todos os lados por uma zona de segurança de cinco quilômetros. Hairaton já atraiu dezenas de milhares de refugiados. Tashkent não quer que esses refugiados cruzem a fronteira.

E não só na Ásia Central; os Talibã já avançaram até os limites da cidade de Islam Qilla, na fronteira do Irã, na província de Herat, e ponto chave de passagem de fronteira, no muito ativo corredor entre Mashhad e Herat. 

Militantes talibã e aldeões afegãos participam de uma reunião para celebrar o acordo de paz e sua vitória sobre os EUA , no distrito de Alingar, na província de Laghman, em 2 de março de 2020. Foto: AFP / Noorullah Shirzada

05/07/2021

PEPE ESCOBAR
A longa e sinuosa estrada* multipolar

Pepe Escobar, 1/7/2021
Traduzido pelo 
Coletivo de tradutores Vila Mandinga

Vivemos tempos extraordinários.

No dia do 100  aniversário do Partido Comunista Chinês (PCC), o presidente Xi Jinping, na praça Tiananmen, com toda a pompa e circunstância, distribuiu poderosa mensagem geopolítica:


O povo chinês jamais permitirá que forças estrangeiras o intimidem, oprimam ou subjuguem. Quem tente fazer isso logo se verá em rota de colisão contra uma grande muralha de aço forjada por mais de 1,4 bilhão de chineses.


Ofereci
versão concisa (aqui, traduzida ao port.) do moderno milagre chinês – que nada tem a ver com intervenção divina, mas com “buscar a verdade a partir de fatos” (copyright Deng Xiaoping), inspirado por sólida tradição cultural e histórica.

A “grande muralha de aço” evocada por Xi abarca hoje uma dinâmica “sociedade moderadamente próspera” – meta alcançada pelo PPC às vésperas do centenário. Arrancar da miséria 800 milhões de pessoas é feito histórico ainda não igualado – em todos os aspectos.


Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo, Salvador Dalí, 1943

18/05/2021

Pepe Escobar- Gaza sous les bombes : le masque de la « démocratie libérale » tombe avec fracas

 Pepe Escobar, 17/5/2021
Traduit par Réseau International

Nakba, 15 mai 2021. Les historiens du futur marqueront le jour où la « démocratie libérale » occidentale a émis une proclamation obscène : Nous bombardons les bureaux des médias et détruisons la « liberté de la presse » dans un camp de concentration à ciel ouvert, tandis que nous interdisons les manifestations pacifiques sous un état de siège au cœur de l’Europe.

Et si vous vous révoltez, nous vous effaçons.

 

Entité sioniste, par Emad Hajjaj

Gaza rencontre Paris. Le bombardement de la tour al-Jalaa – un bâtiment éminemment résidentiel qui abritait également les bureaux d’al-Jazeera et d’Associated Press, entre autres – par « la seule démocratie du Moyen-Orient » est directement lié à l’ordre verboten exécuté par le Ministère de l’Intérieur de Macron.

À toutes fins utiles, Paris a approuvé les provocations de la puissance occupante à Jérusalem-Est : l’invasion de la mosquée al-Aqsa – avec gaz lacrymogènes et grenades assourdissantes ; les bandes sionistes racistes qui harcèlent et crient « mort aux Arabes » ; les colons armés qui agressent les familles palestiniennes menacées d’expulsion de leurs maisons à Sheikh Jarrah et Silwan ; une campagne de bombardements dont les victimes mortelles – en moyenne – sont 30% d’enfants.


Les foules parisiennes n’ont pas été intimidées. De Barbès à la République, elles ont défilé dans les rues – leur cri de ralliement étant Israël assassin, Macron complice. Elles ont instinctivement compris que le Petit Roi – un petit employé de Rothschild – venait de mettre le feu à l’héritage historique de la nation qui a inventé la Déclaration universelle des Droits de l’Homme.

Pepe Escobar: Bombing Gaza- The mask of “Liberal Democracy” falls with a bang

 Pepe Escobar, 17/5/2021

Nakba, May 15, 2021. Future historians will mark the day when Western “liberal democracy” issued a graphic proclamation: We bomb media offices and destroy “freedom of the press” in an open air concentration camp while we forbid peaceful demonstrations under a state of siege in the heart of Europe.

And if you revolt, we cancel you.

The Zionist entity, by Emad Hajjaj

 Gaza meets Paris. The bombing of the al-Jalaa tower – an eminently residential building which also housed the bureaus of al-Jazeera and AP, among others – by “the only democracy in the Middle East” is directly connected to the verboten order carried out by Macron’s Ministry of Interior.

For all practical purposes Paris endorsed the occupying power’s provocations in East Jerusalem; the invasion of al-Aqsa mosque – complete with tear gas and stun grenades; racist Zionist gangs harassing and crying “death to Arabs”; armed settlers aggressing Palestinian families threatened with expulsion from their homes in Sheikh Jarrah and Silwan; a campaign of carpet bombing whose lethal victims – on average – are 30% children.


Paris crowds were not intimidated. From Barbes to Republique, they marched in the streets – their rallying cry being Israel assassin, Macron complice. They instinctively understodood that Le Petit Roi – a puny Rothschild employee – had just firebombed the historical legacy of the nation that coined the Déclaration Universelle des Droits de L’Homme.

The mask of “liberal democracy” kept falling again and again in a loop – with imperial Big Tech dutifully canceling the voices of Palestinians and defenders of Palestine en masse, in tandem with a diplomatic kabuki that could fool only the already brain-dead.

On May 16, Chinese Foreign Minister Wang Yi chaired a United States Security Council (UNSC) debate via video link that had been stalled by Washington, non-stop, throughout the week. China presides over the UNSC throughout May.

The UNSC could not even agree on a mere joint statement. Once again because the UNSC was blocked by the – cowardly – Empire of Chaos.

It was up to Hua Liming, former Chinese ambassador to Iran, to break it all down in a single sentence:

“The US doesn’t want to give the credit of mediating the Palestine-Israel conflict to China, especially when China is the president of the UNSC.”

The usual imperial procedure is to “talk”, “offer you can’t refuse” Mafia-style, to both sides under the table – as the combo behind Crash Test Dummy, an avowed Zionist, had already admitted on an appalling White House tweet “reaffirming” its “strong support for Israel’s right to defend itself”.

08/05/2021

Pepe Escobar: Brave new cancel culture world

 Asia Times, 30/4/2021

Version française Versão portuguesa Versione italiana

If we need a date when the West started to go seriously wrong, let’s start with Rome in the early 5th century  

In 2020, we saw the enshrinement of techno-feudalism – one of the overarching themes of my latest book, Raging Twenties.

In lightning speed, the techno-feudalism virus is metastasizing into an even more lethal, wilderness of mirrors variant, where cancel culture is enforced by Big Tech all across the spectrum, science is routinely debased as fake news in social media, and the average citizen is discombobulated to the point of lobotomy.

Giorgio Agamben has defined it as a new totalitarianism.

Top political analyst Alastair Crooke has attempted a sharp breakdown of the broader configuration.

Geopoliticallly, the Hegemon would even resort to 5G war to maintain its primacy, while seeking moral legitimization via the woke revolution, duly exported to its Western satrapies.

The woke revolution is a culture war – in symbiosis with Big Tech and Big Business – that has smashed the real thing: class war. The atomized working classes, struggling to barely survive, have been left to wallow in anomie.

The great panacea, actually the ultimate “opportunity” offered by Covid-19, is the Great Reset advanced by Herr Schwab of Davos: essentially the replacement of a dwindling manufacturing base by automation, in tandem with a reset of the financial system.

The concomitant wishful thinking envisages a world economy that will “move closer to a cleaner capitalist model”. One of its features is a delightfully benign Council for Inclusive Capitalism in partnership with the Catholic Church.

As much as the pandemic – the “opportunity” for the Reset – was somewhat rehearsed by Event 201 in October 2019, additional strategies are already in place for the next steps, such as Cyber Polygon, which warns against the “key risks of digitalization”. Don’t miss their “technical exercise” on July 9th, when “participants will hone their practical skills in mitigating a targeted supply chain attack on a corporate ecosystem in real time.”

Read more 


 

Pepe Escobar: An empire in love with its Afghan cemetery


  Version française Versión española Versão portuguesa

 The New Great Game 3.0 is just beginning with a hat tip to Tacitus and dancing to the Hindu Kush groove 

One cannot but feel mildly amused at the theatrical spectacle of the US troop pullout from Afghanistan, its completion day now postponed for maximum PR impact to 9/11, 2021.

Nearly two decades and a staggering US$2 trillion after this Forever War was launched by a now immensely indebted empire, the debacle can certainly be interpreted as a warped version of Mission Accomplished.

“They make a desert and call it peace,” said Tacitus – but in all of the vastness of the Pentagon there sits not a single flack who could imagine getting away with baldfacedly spinning the Afghan wasteland as peaceful.

Even the UN bureaucratic machinery has not been able to properly account for Afghan civilian deaths; at best they settled for 100,000 in only ten years. Add to that toll countless “collateral” deaths provoked by the massive social and economic consequences of the war. 

Training and weaponizing the – largely inefficient – 300,000-plus Afghan Army cost $87 billion. “Economic aid and reconstruction” cost $54 billion: literally invisible hospitals and schools dot the Afghan landscape. A local chapter of the “war on drugs” cost $10 billion – at least with (inverted) tangible results: Afghanistan now generates 80% of the world’s opium. 

Read more