16/07/2021

NAALAKKERSUISUT
Le Groenland arrête toute nouvelle exploration pétrolière

Kalaallit Nunaanni uuliasiorneq unitsinneqarpoq
Stop for olieefterforskning i Grønland
Greenland halts new oil exploration

Groenlandia suspende toda nueva exploración petrolífera

Grönland stoppt neue Öl-und Gasexploration
15/7/2021
Traduit par Fausto Giudice

Le sous-sol groenlandais

Le sous-sol groenlandais est riche en ressources pétrolières et minérales. L'histoire des activités d'exploration et d'exploitation remonte à de nombreuses années et a une portée mondiale.

Le gouvernement groenlandais, Naalakkersuisut, reste déterminé à développer le vaste potentiel minéral du pays, lorsque cela n'implique pas l'extraction d'uranium. C'est pourquoi un projet de loi vient d'être envoyé pour consultation, qui interdit la recherche préliminaire, l'exploration et l'extraction d'uranium au Groenland.

La population groenlandaise a basé sa subsistance sur les ressources naturelles du pays pendant des siècles, et l'interdiction de l'extraction d'uranium est ancrée dans une croyance profonde selon laquelle les activités commerciales doivent tenir compte de la nature et de l'environnement.

Ce sont ces mêmes préoccupations qui constituent la toile de fond de la décision du gouvernement groenlandais de mettre un terme à toute nouvelle exploration pétrolière et gazière.

13/07/2021

PEPE ESCOBAR
“Perdido numa selva romana de dor”[1]
Elogio a James Douglas Morrison, poeta do século 20, morto há meio século, aos 27 anos

Pepe Escobar, The Vineyard of the Saker, 3/7/2021

Traduzido pelo  Coletivo de tradutores Vila Mandinga 


Ele foi como o tigre de Blake,
[2] sempre em fogo, e à caça de arco-íris de Rimbaud[3] – para acabar numa banheira, como Marat.[4] Tinha só 27 anos.

Jim Morrison morreu dia 3 de julho de 1971, em Paris. Meio século depois,
The Collected Works of Jim Morrison: Poetry, Journals, Transcripts, and Lyrics celebra luxuosamente a alma do poeta.


Em vida, Jim publicou, ele mesmo, três edições limitadas de sua poesia: The Lords/Notes on Vision (1969), The New Creatures (1969), e An American Prayer (1970).

Agora, afinal, temos acesso a todos os seus escritos, incluído o roteiro para o filme experimental de Jim, 50 minutos,
HWY, filmado ao estilo do cinema-verdade de Godard, na primavera e verão de 1969 em L.A. e no deserto de Mojave, com Jim no papel de um caroneiro de beira de estrada. Amantes de carros antigos gostarão de ver Jim ao volante de seu Mustang Shelby GT 500, no HD clip de um filme inspirado por HWY.

The Collected Works dá a sensação de um colar de fragmentos mágicos de jade, completado com páginas manuscritas em cadernos, palavras rasuradas, sublinhadas, o resultado talvez similar ao ‘Plano para Livro’ que Jim certa vez esboçou.

10/07/2021

Momento Saigon no Hindu Kush

Pepe Escobar, Asia Times, 7/7/2021
Traduzido pelo  Coletivo de tradutores Vila Mandinga 

And it’s all over
For the unknown soldier
It’s all over
For the unknown soldier

The Doors, The Unknown Soldier[1]


Comecemos com alguns espantosos fatos em campo.

Os Talibã estão operando em tempo integral. No início dessa semana, seu braço de Relações Públicas dizia que têm sob seu controle 218, dos 421 distritos afegãos – capturando mais e mais a cada dia. Dezenas de distritos são contestados. Províncias afegãs inteiras são perdidas, basicamente inacessíveis para o governo de Cabul – reduzido, de facto a administrar umas poucas cidades espalhadas pelo país e sob cerco.


Já dia 1º de julho, os Talibã anunciaram que controlavam 80% do território afegão. É próximo do que havia há 20 anos, poucas semanas antes do 11/9, como o
Comandante Masoud me disse, no vale Panjshir, quando preparava uma contraofensiva, que os Talibã dominavam 85% do país.

A nova abordagem tática deles funciona como sonho. Primeiro, há o apelo direto aos soldados do Exército Nacional Afegão, ENA [ing. Afghan National Army, ANA], para que se rendam. Negociações rápidas – e acordos cumpridos. Alguns (poucos) milhares de soldados já se uniram aos Talibã sem que um só tiro tenha sido disparado.

Os responsáveis por construir mapas não têm tempo suficiente para carregar dados atualizados em tempo real. O Afeganistão vai-se rapidamente convertendo em caso exemplar de colapso de governo central em pleno século 21.

Os Talibã estão avançando rapidamente no Vardak ocidental, capturando facilmente bases do ENA. É como o prólogo de um assalto contra Maidan Shar, capital provincial. Se obtiverem o controle de Vardak, estarão literalmente às portas de Cabul.

Depois de capturar o distrito de Panjwaj, os Talibã estão também a uma pedrada de distância de Kandahar, fundada por Alexandre, o Grande em 330 a.C. e cidade onde um certo mulá Omar – com pequena ajuda de seus amigos dos Serviços Especiais paquistanesas (ISI) – iniciou a aventura dos Talibã em 1994, liderando a tomada do poder em Cabul em 1996. 

A grande maioria da província Badakhshan – maioria Tadjique, não Pashtun – caiu depois de apenas quatro dias de negociações, com umas poucas escaramuças. Os Talibã até capturaram um posto de colina, muito próximo de Faizabad, capital do Badakhshan.

Rastreei em detalhe a fronteira Tadjique-Afeganistão, quando
viajei pela estrada Pamir no final de 2019. Os Talibã, seguindo trilhas de montanha do lado afegão, conseguiu alcançar rapidamente a lendária, desolada fronteira com Xinjiang no corredor Wakhan.

Os Talibã estão também próximos de um movimento contra Hairaton, na província Balkh. Hairaton está na fronteira afegã-uzbeque, local da historicamente importante Ponte da Amizade sobre o Amu Darya, pela qual o Exército Vermelho partiu do Afeganistão em 1989.

Comandantes do ENA juram que a cidade está agora protegida por todos os lados por uma zona de segurança de cinco quilômetros. Hairaton já atraiu dezenas de milhares de refugiados. Tashkent não quer que esses refugiados cruzem a fronteira.

E não só na Ásia Central; os Talibã já avançaram até os limites da cidade de Islam Qilla, na fronteira do Irã, na província de Herat, e ponto chave de passagem de fronteira, no muito ativo corredor entre Mashhad e Herat. 

Militantes talibã e aldeões afegãos participam de uma reunião para celebrar o acordo de paz e sua vitória sobre os EUA , no distrito de Alingar, na província de Laghman, em 2 de março de 2020. Foto: AFP / Noorullah Shirzada

05/07/2021

Naufrage au large des côtes tunisiennes : 43 migrants portés disparus

 

Giansandro Merli, il manifesto, 4/7/2021
Traduit par Fausto Giudice

Méditerranée : la mer rejette 14 corps sur la plage libyenne de Zaouia. Sur la route centrale, le nombre de victimes a triplé en un an et le taux de mortalité a doublé. Débarquements à Lampedusa.


Le Croissant-Rouge sur la plage de Zaouia, Libye. © Safa Msehli/OIM/Twitter

La mer Méditerranée connaît un été de plus en plus marqué par la mort. Hier, un bateau a quitté la ville libyenne de Zouara et a coulé au large de la côte tunisienne de Zarzis (les deux villes sont distantes de 138 kilomètres). 43 personnes sont portées disparues, tandis que 84 ont été secourues. Il s'agit de migrants originaires du Soudan, de l'Érythrée, de l'Égypte et du Bangladesh. C'est ce qu'a annoncé le Croissant-Rouge. Pendant ce temps, sur les plages de la ville voisine de Zaouia, à 70 kilomètres à l'est de Zouara, la mer a rejeté 14 autres corps. « Parmi eux, une femme et un enfant », a écrit sur Twitter la porte-parole de l'Organisation internationale pour les migrations (OIM), Safa Msehli. Ces corps proviennent probablement d'un « naufrage invisible », un de ces cas dont on ne trouve aucune trace et qui n'apparaissent pas dans les statistiques officielles. Avant les nouvelles victimes enregistrées hier, l'OIM a calculé 866 décès vérifiés en 2021 dans toute la Méditerranée, dont 719 entre la Tunisie (266) et la Libye (453). Les victimes de l'itinéraire central représentent donc 83% du total.

Capture d'écran du projet Migrants disparus de l'OIM

PEPE ESCOBAR
A longa e sinuosa estrada* multipolar

Pepe Escobar, 1/7/2021
Traduzido pelo 
Coletivo de tradutores Vila Mandinga

Vivemos tempos extraordinários.

No dia do 100  aniversário do Partido Comunista Chinês (PCC), o presidente Xi Jinping, na praça Tiananmen, com toda a pompa e circunstância, distribuiu poderosa mensagem geopolítica:


O povo chinês jamais permitirá que forças estrangeiras o intimidem, oprimam ou subjuguem. Quem tente fazer isso logo se verá em rota de colisão contra uma grande muralha de aço forjada por mais de 1,4 bilhão de chineses.


Ofereci
versão concisa (aqui, traduzida ao port.) do moderno milagre chinês – que nada tem a ver com intervenção divina, mas com “buscar a verdade a partir de fatos” (copyright Deng Xiaoping), inspirado por sólida tradição cultural e histórica.

A “grande muralha de aço” evocada por Xi abarca hoje uma dinâmica “sociedade moderadamente próspera” – meta alcançada pelo PPC às vésperas do centenário. Arrancar da miséria 800 milhões de pessoas é feito histórico ainda não igualado – em todos os aspectos.


Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo, Salvador Dalí, 1943

04/07/2021

EVAN OSNOS
¿Qué ha aprendido el Partido Comunista Chino después de cien años?

Evan Osnos, The New Yorker, 1/7/2021
Traducido por Sinfo Fernández

Evan Osnos es redactor de The New Yorker y autor del libro Joe Biden: The Life, the Run, and What Matters Now”. El próximo mes de septiembre publicaráWildland: The Making of America’s Fury”.

Pekín vuelve a creer que las mejores políticas son la paranoia y la sospecha.

No hace mucho, el Partido Comunista de China, que celebra su centenario esta semana, creía en el poder de las influencias eclécticas. En 1980 los jefes de propaganda del Partido aprobaron la primera transmisión de una serie de televisión usamericana en la República Popular China: “El hombre de la Atlántida”, que presentaba a Patrick Duffy, con manos y pies palmeados y vestido con un bañador amarillo, como único superviviente de una civilización submarina. En USA, el programa se canceló después de una temporada -el Washington Post lo tildó de “más insustancial que el agua”- pero los comunistas en Pekín se habían embarcado en una política de experimentación de “puertas abiertas”. Eran conscientes de que el caos político de la Revolución Cultural había dejado a China empobrecida y débil -eran más pobres que Corea del Norte- y estaban adquiriendo toda la cultura extranjera que pudieran permitirse para cerrar la brecha con el resto del mundo. Después de “El hombre de la Atlántida”, a los televidentes chinos se les mostró “Mi marciano favorito” (aunque las risas se perdieron en el proceso de doblaje, por lo que hubo largas y desconcertantes pausas) y los culebrones capitalistas “Falcon Crest”, “Dallas” y “Dinastía”.

El presidente Xi Jinping aparece en una megapantalla en una celebración del centenario del Partido Comunista Chino.
Foto: Lintao Zhang/Getty

Las importaciones siguieron llegando durante años. Los censores eliminaron las referencias a los principales tabúes políticos (como la represión en la Plaza de Tiananmen en 1989), pero la apertura a la cultura extranjera fue lo suficientemente amplia como para que las transmisiones de noticias chinas presentaran segmentos de la CNN. Sin embargo, el gusto por la programación internacional no duró. Alcanzó su punto máximo alrededor de 2008, cuando Pekín dio la bienvenida al incremento de la atención por los Juegos Olímpicos de Verano. En años posteriores, el Partido actuó para protegerse contra los desafíos planteados por la disidencia y la tecnología, y volvió a dirigir sus sospechas hacia la influencia usamericana. Cuando en 2012 Xi Jinping se convirtió en secretario general del Partido, tuvo que enfrentarse a un terreno preocupante: las redes sociales creadas en Silicon Valley y aclamadas por Washington habían ayudado a derrocar a gobernantes autoritarios en Egipto y Libia, y los dirigentes chinos que competían por el poder y el dinero habían permitido que las disputas internas se hicieran públicas, reviviendo un miedo congénito, profundamente arraigado en un partido nacido de la revolución, de que todo pudiera terminar viniéndose abajo. Una corrupción extravagante estaba alimentando el resentimiento público manifiesto hacia el Partido. En un discurso, Xi advirtió que los comunistas soviéticos habían perdido el control “porque todos podían decir y hacer lo que quisieran”. Advirtió: “¿Qué tipo de partido político era ese? Solo chusma”.

GIDEON LEVY
Mansour Abbas, un politicien arabe israélien impressionnant qui suscite une illusion agréable

 Gideon Levy, Haaretz, 4/7/2021
Traduit par Fausto Giudice

 Il était plutôt difficile de résister au tour de magie. Le journaliste Raviv Drucker a passé une heure à dresser le portrait de Mansour Abbas sur la chaîne de télévision Channel 13, et Abbas n'a cessé d'impressionner, de charmer et d'inspirer confiance.

Mansour Abbas sur Channel 13

 Cet homme, chauve et épais avec son costume démodé, semblait avoir tout d’un antihéros : un homme arabe non moderne, un politicien sournois et pas très éloquent, un agent politique qui passe au mieux pour le président du conseil syndical de Maghar, son village natal. C'est le dentiste que vous ne laisseriez pas s'approcher de vos dents.

Mais ce conservateur religieux arabe s'est révélé être le contraire de tous ces stéréotypes. Il semblait que même Drucker, le sage analyste qui a déjà tout vu et tout méprisé, était hors de lui, plein d'affection et d'appréciation. Abbas dit au téléspectateur israélien : ce n'est pas ce que vous pensez. Ce n'est pas ce qu'ils vous ont dit. J'ai quelque chose d'autre à vous offrir.

GILAD ATZMON
La Nakba et la loi polonaise

Traduit par Fausto Giudice

En 1948, plus de 700 000 Palestiniens ont été victimes d'un nettoyage ethnique par le nouvel État juif. Ce crime catastrophique à caractère racial est appelé la Nakba.

Abdellah Derkaoui, Maroc, 2006

Israël semble être contrarié par une nouvelle loi polonaise qui fixe un délai de 30 ans aux Juifs pour récupérer leurs biens saisis. La législation doit encore être approuvée par le sénat polonais, mais les responsables israéliens l'appellent déjà la « loi sur l'Holocauste ». Ils insistent sur le fait qu'elle est « immorale » et « une honte ».

La semaine dernière, le ministre israélien des Affaires étrangères Yair Lapid a insisté sur le fait que le projet de loi « est une honte qui n'effacera pas les horreurs ou la mémoire de l'Holocauste ».

Je ne vois pas quelle partie de la législation interfère avec la mémoire et les horreurs de l'holocauste. Je pense en fait que la tentative grossière de soutirer des milliards de dollars à la Pologne au nom d'une tragédie humaine peut avoir un impact négatif sur ce chapitre de l'histoire et sur la façon dont il est mémorisé.

03/07/2021

ANTONIO MAZZEO
La Tunisie commande 500 camions IVECO italiens pour son armée, qui seront payés par un prêt de BNP Paribas

 Antonio Mazzeo, 1/7/2021
Traduit par Fausto Giudice

Des camions militaires fabriqués en Italie pour les forces armées de la Tunisie : après six ans de consultations, le gouvernement de Tunis a autorisé la commande de cinq cents véhicules 4x4 et 6x6 produits par le groupe industriel IVECO. La nouvelle a été révélée par le site spécialisé AfricaIntelligence.com. Les camions destinés à l'armée seront du type "Eurocargo" (4x4) et "Trakker" (6x6) ; dans le passé, IVECO avait déjà fourni aux forces spéciales du pays nord-africain le Véhicule-Tactique-Léger-Multirôles Lince (Lynx).


Pour cette commande d'une valeur de 62,4 millions de dollars [=170 millions de dinars, de quoi construire 4 hôpitaux, ou 40 écoles, NdT], le ministère tunisien de la Défense a obtenu un prêt du groupe bancaire français BNP Paribas, présent en Italie avec la BNL (Banca Nazionale del Lavoro). BNP Paribas a été la seule banque internationale à répondre à la demande de financement de la Tunisie. Selon ce qu'a déclaré le président de la Commission du budget du Parlement, Haykel Mekki, le prêt « à des conditions avantageuses » pas mieux précisées devra être remboursé par l'Etat tunisien dans un délai de dix ans.

افغانستان: جنگ بیست ساله

برگرفته از سازمان مراقب سیاست خارجی آلمان – اول ژوئیه 2021
https://www.german-foreign-policy.com/news/detail/8645 /
بفارسی از حمید بهشتی

ارتش آلمان افغانستان را ترک نمود. بیلان جنگ: یک چهارم میلیون کشته، خسارات شدید به مردم، طالبان به سرعت در حال پیشروی !



 برلین/ واشنگتن/ کابل (گزارش ویژه) – دومین جنگ به لحاط طول مدت و خونین ترین اقدام نظامی آلمان به پایان رسید. بدنبال جنگی بیست ساله چهارشنبه گذشته آخرین سربازان آلمان که شب پیشتر کابل را ترک گفته بودند به فرودگاه نظامی "وونزتُرف" واقع در نزدیکی شهر هانور وارد گشتند. در پیکارهای سرزمین هندوکش به گزارش پروژه هزینه جنگ „Costs of war“ که حاصل کار دانشگاهی برای نخبگان آمریکا موسوم به براون می باشد قریب به یک چهارم میلیون انسان کشته شده اند، علاوه بر شمار نامشخصی از قربانیان جنگ که بدنبال عواقب مستقیم این جنگ ها جان داده اند، نزدیک به هفت میلیون مردم افغانستان ویلان، افراد بسیاری مجروح و علیل گشته اند، از جمله ده ها هزار کودک. فقط میزان هزینه آمریکا برای این کشتارها 2,2 بیلیون دلار بوده است. دولت آلمان مخارج اقدام نظامی این کشور در افغانستان را به 12,2 میلیون یورو رقم زده است. به موازات اینکه گردان های غرب از آنجا می روند، همواره طالبان بر قسمت های بیشتری از کشور مسلط می گردد و طولی نخواهد کشید که مناسبات قدرتِ سپتامبر 2001 تجدید گردد، یعنی درست همان مناسباتی که پیش از آغاز جنگ وجود داشته است

یک چهارم میلیون کشته

این جنگ برای افغانستان بهای سنگینی داشته است. آمار دقیق و قابل اطمینان کشته شدگان را پروژه هزینه جنگ که از جانب موسسه واتسن در دانشگاه براون (واقع در  Island Providence/Rohde) که یکی از دانشگاه های خبره پرور آمریکا می باشد برای اطلاع عموم از سال  2010 در فواصل ثابت زمانی  منتشر می سازد. مطابق اطلاعات پروژه مزبور تا اواسط آوریل 2021 در افغانستان و مناطق مجاور در پاکستان که جنگ بدانجا سرایت نموده است 241 هزارتن کشته شده اند که میان آنها 71300 غیرنظامی و 69 هزار سرباز و پلیس افغانستان بوده اند [1]. علاوه بر آن بنا بر اطلاعات پروژه مزبور که از جانب جمعی از دانشمندان و کارشناسان تهیه می گردد، فهرستی از کشته شدگان، شامل بر 2442 سرباز آمریکایی، 1144 تن پرسنل نظامی کشورهای همپیمان و قریب به 4000 نفرات مزدور آمریکا و سایر نیروهای امنیتی گشته شده اند. در گزارش پروژه مزبور بر این موضوع تأکید شده است که این فهرست فقط شامل کسانی است که مستقیما در این جنگ ها کشته شده اند و نیز افغان ها و پاکستانی هایی که متعاقب این جنگ ها مستقیما کشته شده اند؛ قید مزبور مربوط به تمام کسانی است که بر اثر بیماری، کمبود آب و تغذیه و فقدان مسکن یا سایر شرایط ناشی از جنگ جان داده اند.


 

02/07/2021

AMARTYA SEN
Las ilusiones del imperio: ¿Qué hizo realmente la dominación británica por la India?

 Amartya Sen, The Guardian, 29/6/2021
Traducido por Tlaxcala

Extracto adaptado de Home in the World: A Memoir de Amartya Sen, publicado por Allen Lane el 8 de julio de 2021 y disponible en guardianbookshop.com

Es cierto que la India, antes de la dominación británica, empezaba a quedarse atrás con respecto a otras partes del mundo, pero muchos de los argumentos que defienden al Raj [gobierno colonial británico] se basan en percepciones gravemente erróneas sobre el pasado de la India, el imperialismo y la propia historia

El Imperio británico en la India se estableció de hecho en la batalla de Plassey el 23 de junio de 1757. La batalla fue rápida, comenzó al amanecer y terminó cerca de la puesta de sol. Era un día normal de monzón, con lluvias ocasionales en los huertos de mangos de la ciudad de Plassey, que se encuentra entre Calcuta, donde tenían su base los británicos, y Murshidabad, la capital del reino de Bengala. Fue en esos huertos de mangos donde las fuerzas británicas se enfrentaron al ejército del Nabab Siray Al Dawla y lo derrotaron de forma contundente.

El dominio británico terminó casi 200 años después con el famoso discurso de Jawaharlal Nehru sobre la “cita con el destino” de la India en la medianoche del 14 de agosto de 1947. Doscientos años es mucho tiempo. ¿Qué fue lo que lograron los británicos en la India y qué no?

Durante mis días de estudiante en una escuela progresista de Bengala Occidental en la década de 1940, estas cuestiones aparecían constantemente en nuestras discusiones. Incluso hoy siguen teniendo importancia porque en los debates acerca del éxito de la gobernanza mundial se invoca sobre todo al Imperio británico. Se le ha invocado también para intentar persuadir a USA de que reconozca su papel como potencia imperial preeminente en el mundo actual: “¿Debería USA tratar de desprenderse -o de asumir- la carga imperial que ha heredado?”, se ha preguntado el historiador Niall Ferguson. Sin duda es una pregunta interesante, y Ferguson tiene razón al afirmar que no puede responderse sin entender cómo surgió y cayó el imperio británico, y que fue lo que consiguió hacer. 

Discutiendo sobre todo esto en la escuela de Santiniketan, que había sido creada por Rabindranath Tagore unas décadas antes, nos preocupaba una difícil cuestión metodológica. ¿Cómo podíamos pensar en cómo habría sido la India en la década de 1940 si no hubiera existido el dominio británico?

La tentación frecuente de comparar la India en 1757 (cuando comenzaba el dominio británico) con la India en 1947 (cuando los británicos se marcharon) nos diría bien poco, porque en ausencia del dominio británico, la India no habría permanecido, por supuesto, igual que en la época de Plassey. El país no se habría quedado quieto si no se hubiera producido la conquista británica. Pero, ¿cómo podemos responder a la pregunta de qué diferencia supuso el dominio británico?

Leer más