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17/08/2021

PEPE ESCOBAR
Raia em Cabul um momento Saigon

 

 Pepe Escobar, Asia Times, 13/8/2021
Traduzido pelo Coletivo de Tradutores Vila Mandinga

12/8/2021 entrará para a história como o dia em que os Talibã vingaram a invasão do Afeganistão pelos EUA e assestaram o golpe que derrubou o homem dos EUA em Cabul

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05/09/2021

PEPE ESCOBAR
De volta para o futuro: Talibanistão, 2000... 2010... 2021

 Pepe Escobar, The Saker, 31/8/2021 

Traduzido pelo Coletivo de tradutores Vila Mandinga 

Caro leitor: vamos sentar, relaxar e viajar, pela memória, até tempos pré-históricos – ao mundo pré-11/9, pré-YouTube, pré-Facebook. Bem-vindos ao Afeganistão dos Talibã – o Talibanistão – dos anos 2000.
Foi quando Jason Florio, fotógrafo sediado em New York (veja seu Diário Afegão),  e eu atravessamos sem pressa as terras do Talibanistão, de leste a oeste, da fronteira com o Paquistão em Landi Kotal à fronteira com o Irã em Islam Qillah.
Como atestaram muitos dos que trabalhavam em serviços de ajuda humanitária no Afeganistão, Jason e eu fomos os primeiros a ocidentais a aparecer por lá, em muito tempo.


http://dxczjjuegupb.cloudfront.net/wp-content/uploads/2021/08/Screen-Shot-2021-08-31-at-10.21.44-PM-1024x820.jpg  

Fátima, Maliha e Nouria, em casa, em Cabul

Que dias, aqueles! Bill Clinton curtia suas últimas aventuras na Casa Branca. Osama bin Laden não passava de hóspede discreto do Mulá Omar – e só ocasionalmente chegava às primeiras páginas dos jornais. Ninguém suspeitava de que viria o 11/9, ou a invasão do Iraque, ou a “guerra ao terror”, nem se cogitava de reposicionar a griffe ”guerra do Af-Pak”, nem de uma crise financeira global. Reinava a globalização, e os EUA eram, sem quem o desafiasse, o cão-alfa. O governo Clinton e o Talibã já estavam infiltrados bem fundo no território do Oleogasodutostão – discutindo o tortuoso recém-proposto gasoduto Trans-afegão.

Tentamos de tudo, mas não conseguimos ver, nem de longe, o Mulá Omar. Osama bin Laden também se mantinha afastado de todos os olhares. Mas experienciamos o Talibanistão em ação, detalhadamente.

Hoje é dia especial para revisitar esses escritos. A Guerra Sem Fim no Afeganistão acabou; daqui em diante será um monstro Híbrido, contra a integração do Afeganistão nas Novas Rotas da Seda e na Eurásia Expandida.

Em 2000 escrevi um especial sobre viagem por terra pelo Talibanistão para uma revista política japonesa, já extinta, e dez anos depois, uma série de três artigos em que revisitei a mesma viagem, para Asia Times.
Por que, então, re-revisitá-los vinte anos depois? Culpem a tentação, a isca, da arqueologia e da história. O que se faz aqui é ao mesmo tempo lançar um olhar a um mundo há muito tempo perdido e abrir uma janela para um renovado futuro possível no Afeganistão.

A parte 2 daquela trilogia pode ser encontrada em ing. aqui; em port. aqui; e a parte 3 em ing. aqui; em port. aqui).

Mas o 1º ensaio da trilogia desapareceu da internet (é uma longa história). Por acaso, encontrei-o recentemente num hard drive. As imagens são daquela época, feitas com uma Sony mini-DV: acabo de receber o arquivo, mandado de Paris (aqui, adiante, com algumas poucas atualizações).
É visão breve de um mundo há muito perdido: podem chamar de registro histórico de um tempo quando ninguém sequer sonhava com algum “momento Saigon” remixed – como guarda-chuva reformatado de guerreiros convenientemente rotulados de “Talibã”.

Esses Talibã, 20 anos depois de terem dado tempo ao tempo, bem ao estilo Pashtun, agradecem que Alá lhes tenha dado a vitória sobre mais um invasor estrangeiro.
EUA e OTAN chegariam talvez a algum “momento Saigon” – e partiriam? Em 2000 e em 2010 parecia que não. Enquanto o general David “Sempre de olho em 2012” Petraeus, como seu predecessor general Stanley McChrystal, avançava suas forças especiais, Assassinato Incorporate, para dobrar os Talibãs, o mesmo Petraeus foi capaz de dizer – sem ironia – ao canal Fox News, que o “objetivo último” da guerra seria “reconciliar” o ultracorrupto governo de Hamid Karzai e os Talibãs.

Agora, sim, pé na estrada, de volta para o futuro.

A vida no Talibanistão 
1. Meta esses infiéis na cadeia

2. O grau zero da cultura

3. Casado com a máfia



09/09/2021

PEPE ESCOBAR
9/9 and 9/11, 20 years later

 Pepe Escobar, Asia Times, 9/9/2021

We may never know the full contours of the whole riddle inside an enigma when it comes to 9/11 and related issues 

It’s impossible not to start with the latest tremor in a series of stunning geopolitical earthquakes. 

Exactly 20 years after 9/11 and the subsequent onset of the Global War on Terror (GWOT), the Taliban will hold a ceremony in Kabul to celebrate their victory in that misguided Forever War.

Four key exponents of Eurasia integration – China, Russia, Iran and Pakistan – as well as Turkey and Qatar, will be officially represented, witnessing the official return of the Islamic Emirate of Afghanistan. As blowbacks go, this one is nothing short of intergalactic.

The plot thickens when we have Taliban spokesman Zabihullah Mujahid firmly stressing “there is no proof” Osama bin Laden was involved in 9/11. So “there was no justification for war, it was an excuse for war,” he claimed. 

Only a few days after 9/11, Osama bin Laden, never publicity-shy, released a statement to Al Jazeera: “I would like to assure the world that I did not plan the recent attacks, which seems to have been planned by people for personal reasons (…) I have been living in the Islamic Emirate of Afghanistan and following its leaders’ rules. The current leader does not allow me to exercise such operations.” 

On September 28, Osama bin Laden was interviewed by the Urdu newspaper Karachi Ummat. I remember it well, as I was commuting non-stop between Islamabad and Peshawar, and my colleague Saleem Shahzad, in Karachi, called it to my attention. 

Read more 

Arcadio Esquivel, Costa Rica

 

18/05/2021

Pepe Escobar: Bombing Gaza- The mask of “Liberal Democracy” falls with a bang

 Pepe Escobar, 17/5/2021

Nakba, May 15, 2021. Future historians will mark the day when Western “liberal democracy” issued a graphic proclamation: We bomb media offices and destroy “freedom of the press” in an open air concentration camp while we forbid peaceful demonstrations under a state of siege in the heart of Europe.

And if you revolt, we cancel you.

The Zionist entity, by Emad Hajjaj

 Gaza meets Paris. The bombing of the al-Jalaa tower – an eminently residential building which also housed the bureaus of al-Jazeera and AP, among others – by “the only democracy in the Middle East” is directly connected to the verboten order carried out by Macron’s Ministry of Interior.

For all practical purposes Paris endorsed the occupying power’s provocations in East Jerusalem; the invasion of al-Aqsa mosque – complete with tear gas and stun grenades; racist Zionist gangs harassing and crying “death to Arabs”; armed settlers aggressing Palestinian families threatened with expulsion from their homes in Sheikh Jarrah and Silwan; a campaign of carpet bombing whose lethal victims – on average – are 30% children.


Paris crowds were not intimidated. From Barbes to Republique, they marched in the streets – their rallying cry being Israel assassin, Macron complice. They instinctively understodood that Le Petit Roi – a puny Rothschild employee – had just firebombed the historical legacy of the nation that coined the Déclaration Universelle des Droits de L’Homme.

The mask of “liberal democracy” kept falling again and again in a loop – with imperial Big Tech dutifully canceling the voices of Palestinians and defenders of Palestine en masse, in tandem with a diplomatic kabuki that could fool only the already brain-dead.

On May 16, Chinese Foreign Minister Wang Yi chaired a United States Security Council (UNSC) debate via video link that had been stalled by Washington, non-stop, throughout the week. China presides over the UNSC throughout May.

The UNSC could not even agree on a mere joint statement. Once again because the UNSC was blocked by the – cowardly – Empire of Chaos.

It was up to Hua Liming, former Chinese ambassador to Iran, to break it all down in a single sentence:

“The US doesn’t want to give the credit of mediating the Palestine-Israel conflict to China, especially when China is the president of the UNSC.”

The usual imperial procedure is to “talk”, “offer you can’t refuse” Mafia-style, to both sides under the table – as the combo behind Crash Test Dummy, an avowed Zionist, had already admitted on an appalling White House tweet “reaffirming” its “strong support for Israel’s right to defend itself”.

05/07/2021

PEPE ESCOBAR
A longa e sinuosa estrada* multipolar

Pepe Escobar, 1/7/2021
Traduzido pelo 
Coletivo de tradutores Vila Mandinga

Vivemos tempos extraordinários.

No dia do 100  aniversário do Partido Comunista Chinês (PCC), o presidente Xi Jinping, na praça Tiananmen, com toda a pompa e circunstância, distribuiu poderosa mensagem geopolítica:


O povo chinês jamais permitirá que forças estrangeiras o intimidem, oprimam ou subjuguem. Quem tente fazer isso logo se verá em rota de colisão contra uma grande muralha de aço forjada por mais de 1,4 bilhão de chineses.


Ofereci
versão concisa (aqui, traduzida ao port.) do moderno milagre chinês – que nada tem a ver com intervenção divina, mas com “buscar a verdade a partir de fatos” (copyright Deng Xiaoping), inspirado por sólida tradição cultural e histórica.

A “grande muralha de aço” evocada por Xi abarca hoje uma dinâmica “sociedade moderadamente próspera” – meta alcançada pelo PPC às vésperas do centenário. Arrancar da miséria 800 milhões de pessoas é feito histórico ainda não igualado – em todos os aspectos.


Criança geopolítica observando o nascimento do homem novo, Salvador Dalí, 1943

13/07/2021

PEPE ESCOBAR
“Perdido numa selva romana de dor”[1]
Elogio a James Douglas Morrison, poeta do século 20, morto há meio século, aos 27 anos

Pepe Escobar, The Vineyard of the Saker, 3/7/2021

Traduzido pelo  Coletivo de tradutores Vila Mandinga 


Ele foi como o tigre de Blake,
[2] sempre em fogo, e à caça de arco-íris de Rimbaud[3] – para acabar numa banheira, como Marat.[4] Tinha só 27 anos.

Jim Morrison morreu dia 3 de julho de 1971, em Paris. Meio século depois,
The Collected Works of Jim Morrison: Poetry, Journals, Transcripts, and Lyrics celebra luxuosamente a alma do poeta.


Em vida, Jim publicou, ele mesmo, três edições limitadas de sua poesia: The Lords/Notes on Vision (1969), The New Creatures (1969), e An American Prayer (1970).

Agora, afinal, temos acesso a todos os seus escritos, incluído o roteiro para o filme experimental de Jim, 50 minutos,
HWY, filmado ao estilo do cinema-verdade de Godard, na primavera e verão de 1969 em L.A. e no deserto de Mojave, com Jim no papel de um caroneiro de beira de estrada. Amantes de carros antigos gostarão de ver Jim ao volante de seu Mustang Shelby GT 500, no HD clip de um filme inspirado por HWY.

The Collected Works dá a sensação de um colar de fragmentos mágicos de jade, completado com páginas manuscritas em cadernos, palavras rasuradas, sublinhadas, o resultado talvez similar ao ‘Plano para Livro’ que Jim certa vez esboçou.

22/12/2021

PEPE ESCOBAR
Putin e Xi, para escapar da guerra híbrida de Biden

 Pepe Escobar, Asia Times, 16/12/2021 

Traduzido pelo Coletivo de Tradutores Vila Mandinga

 

“Ainda que só imaginando que a Rússia realmente “entre” nessa guerra [pela posse da Ucrânia], a preocupação principal dos russos não será a posição do ocidente – ninguém acalenta qualquer ilusão sobre isso no Kremlin, o qual, afinal, é só o que conta. – A preocupação dos russos é o fato de que a Rússia terá de lidar com população na maioria hostil, humilhada (e derrotas militares são extremamente dolorosas) e realmente reduzida à miséria mais feroz, de algo entre 20 e 25 milhões de pessoas. Quem precisa disso?! Como se diz nas ruas da Rússia: para ser ocupado pelos russos, o país tem de fazer por merecer” (“Fala o diretor do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia. Naryshkin Verbatim, 27/11/2021, Andrei Martyanov, Blog Reminiscence of the Future).*

 

Captura de tela da recente conversa telefônica entre Xi Jinping e Vladimir Putin. Mikhail Metzel / Pool / TASS


Xi Jinping e Vladimir Putin conversaram por vídeo, durante uma hora e 14 minutos, na 4ª-feira passada. Geopoliticamente, pavimentavam o caminho para 2022, e isso é o que realmente importa – muito mais que
Putin-Biden na semana passada.

Dmitry Peskov, secretário de imprensa do Kremlin, que em geral pesa cuidadosamente cada palavra, já havia sugerido que essa conversa seria “extremamente importante”.

Era óbvio que os dois líderes não se limitariam a trocar informações sobre o gasoduto para gás natural Poder da Sibéria 2. Peskov referia-se a geopolítica de primeiríssima ordem: como Rússia-China passariam a coordenar seus contragolpes contra o combo de guerra híbrida/Guerra Fria 2.0 de que se servem os EUA e aliados.

Embora ninguém espere vazamentos substanciais desde o 37º encontro de Xi e Putin em 2013 (vão encontrar-se pessoalmente outra vez em fevereiro de 2022, na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim), o Conselheiro Presidencial do Presidente para Política Exterior, Yuri Ushakov deu jeito para trazer a público pelo menos dois importantes bits de informação.

Eis os destaques da conversação:

  • Moscou informará Pequim sobre o progresso, ou ausência dele, nas negociações com EUA-OTAN sobre garantias de segurança para a Rússia.
  • Pequim apoia as demandas de Moscou à EUA-OTAN relacionadas àquelas garantias.
  • Putin e Xi concordam com criar “uma estrutura financeira independente para operações comerciais que não possa ser influenciada por outros países.” Fontes diplomáticas dizem, off the record, que a estrutura será anunciada em evento conjunto no final de 2022.
  • Discutiram a “Cúpula pela Democracia” da qual Biden foi o anfitrião, concluindo que foi contraproducente e impôs novas linhas divisórias.

De tudo isso, o terceiro ponto é realmente o mais decisivo – já em construção há alguns anos, e ganhou impulso definitivo depois que os falcões da guerra em Washington, tipo Victoria “F*da-se a União Europeia” Nuland voltou a ventilar a ideia de expulsar a Rússia da Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunications, SWIFT – a vasta rede de troca de mensagens usadas por bancos e outras instituições financeiras para trocar instruções para transferência de dinheiro. A ideia de Nuland ressurgiu com o pacote ‘final’ de sanções a serem aplicadas à Rússia, como represália por ‘invadir’ a Ucrânia – invasão que nunca aconteceu.

18/05/2021

Pepe Escobar- Gaza sous les bombes : le masque de la « démocratie libérale » tombe avec fracas

 Pepe Escobar, 17/5/2021
Traduit par Réseau International

Nakba, 15 mai 2021. Les historiens du futur marqueront le jour où la « démocratie libérale » occidentale a émis une proclamation obscène : Nous bombardons les bureaux des médias et détruisons la « liberté de la presse » dans un camp de concentration à ciel ouvert, tandis que nous interdisons les manifestations pacifiques sous un état de siège au cœur de l’Europe.

Et si vous vous révoltez, nous vous effaçons.

 

Entité sioniste, par Emad Hajjaj

Gaza rencontre Paris. Le bombardement de la tour al-Jalaa – un bâtiment éminemment résidentiel qui abritait également les bureaux d’al-Jazeera et d’Associated Press, entre autres – par « la seule démocratie du Moyen-Orient » est directement lié à l’ordre verboten exécuté par le Ministère de l’Intérieur de Macron.

À toutes fins utiles, Paris a approuvé les provocations de la puissance occupante à Jérusalem-Est : l’invasion de la mosquée al-Aqsa – avec gaz lacrymogènes et grenades assourdissantes ; les bandes sionistes racistes qui harcèlent et crient « mort aux Arabes » ; les colons armés qui agressent les familles palestiniennes menacées d’expulsion de leurs maisons à Sheikh Jarrah et Silwan ; une campagne de bombardements dont les victimes mortelles – en moyenne – sont 30% d’enfants.


Les foules parisiennes n’ont pas été intimidées. De Barbès à la République, elles ont défilé dans les rues – leur cri de ralliement étant Israël assassin, Macron complice. Elles ont instinctivement compris que le Petit Roi – un petit employé de Rothschild – venait de mettre le feu à l’héritage historique de la nation qui a inventé la Déclaration universelle des Droits de l’Homme.

02/09/2021

PEPE ESCOBAR
Back to the future: Talibanistan, Year 2000

Pepe Escobar, The Saker, 31/8/2021

Dear reader: this is very special, a trip down memory lane like no other: back to prehistoric times – the pre-9/11, pre-YouTube, pre-social network world.

Welcome to Taliban Afghanistan – Talibanistan – in the Year 2000. This is when photographer Jason Florio (see his Afghan Diary) and myself slowly crossed it overland from east to west, from the Pakistani border at Torkham to the Iranian border at Islam qillah. As Afghan ONG workers acknowledged, we were the first Westerners to pull this off in years.


Fatima, Maliha and Nouria, at home in Kabul

Those were the days. Bill Clinton was enjoying his last stretch at the White House. Osama bin Laden was a discreet guest of Mullah Omar – hitting the front pages only occasionally. There was no hint of 9/11, the invasion of Iraq, the “war on terror”, the perpetual financial crisis, the Russia-China strategic partnership. Globalization ruled, and the US was the undisputed global top dog. The Clinton administration and the Taliban were deep into Pipelineistan territory – arguing over the tortuous, proposed Trans-Afghan gas pipeline.

We tried everything, but we couldn’t even get a glimpse of Mullah Omar. Osama bin Laden was also nowhere to be seen. But we did experience Talibanistan in action, in close detail.

Today is a special day to revisit it. The Forever War in Afghanistan is over; from now on it will be a Hybrid mongrel, against the integration of Afghanistan into the New Silk Roads and Greater Eurasia.

In 2000 I wrote a Talibanistan road trip special for a Japanese political magazine, now extinct, and ten years later a 3-part mini-series revisiting it for Asia Times.

Part 2 of this series can be found here, and part 3 here.

Yet this particular essay – part 1 – had completely disappeared from the internet (that’s a long story): I found it recently, by accident, in a hard drive. The images come from the footage I shot at the time with a Sony mini-DV: I just received the file today from Paris.

This is a glimpse of a long-lost world; call it a historical register from a time when no one would even dream of a “Saigon moment” remixed – as a rebranded umbrella of warriors conveniently labeled “Taliban”, after biding their time, Pashtun-style, for two decades, praises Allah for eventually handing them victory over yet another foreign invader.

Now let’s hit the road.

KABUL, GHAZNI – Fatima, Maliha and Nouria, who I used to call The Three Graces, must be by now 40, 39 and 35 years old, respectively. In the year 2000 they lived in an empty, bombed house next to a bullet-ridden mosque in a half-destroyed, apocalyptic theme park Kabul – by then the world capital of the discarded container (or reconstituted by a missile and reconverted into a shop); a city where 70% of the population were refugees, legions of homeless kids carried bags of cash on their backs ($1 was worth more than 60,000 Afghanis) and sheep outnumbered rattling 1960s Mercedes buses.

Under the merciless Taliban theocracy, the Three Graces suffered triple discrimination – as women, Hazaras and Shi’ites. They lived in Kardechar, a neighborhood totally destroyed in the 1990s by the war between Commander Masoud, The Lion of the Panjshir, and the Hazaras (the descendants of mixed marriages between Genghis Khan’s Mongol warriors and Turkish and Tajik peoples) before the Taliban took power in 1996. The Hazaras were always the weakest link in the Tajik-Uzbek-Hazara alliance – supported by Iran, Russia and China – confronting the Taliban.

11/08/2021

PEPE ESCOBAR
Todos los caminos conducen a la batalla por Kabul

Pepe Escobar, Asia Times, 10/8/2021
Traducido del inglés por Sinfo Fernández

 Una ciudad tras otra va pasando del control del gobierno a manos de los talibanes, pero el desenlace no está claro aún.


Milicianos afganos vigilan en un puesto de avanzada contra los insurgentes talibanes en el distrito de Charkint, provincia de Balkh, el pasado mes de junio.
(Foto: Farshad Usyan/AFP)

Las siempre esquivas negociaciones del proceso de “paz” afgano se reanudan este miércoles en Doha a través de una troika ampliada: USA, Rusia, China y Pakistán. El contraste con los hechos acumulados sobre el terreno no podría ser más marcado.

En una guerra relámpago coordinada, los talibanes han sometido nada menos que seis capitales de provincia afganas en tan solo cuatro días [*]. La administración central de Kabul lo va a tener difícil en Doha para defender su estabilidad.

La cosa va a peor. El presidente afgano Ashraf Ghani ha enterrado ominosa y prácticamente el proceso de Doha. Ha apostado ya por la guerra civil, desde el armamento de los civiles en las principales ciudades hasta el soborno generalizado de los señores de la guerra regionales, con la intención de construir una “coalición de los bien dispuestos” para luchar contra los talibanes. 

La toma de Zaranj, la capital de la provincia de Nimruz, fue un gran golpe talibán. Zaranj es la puerta de acceso de la India a Afganistán, y más allá a Asia Central, a través del Corredor Internacional de Transporte Norte-Sur (INSTC, por sus siglas en inglés).

La India pagó la construcción de la autopista que une el puerto de Chabahar en Irán -el centro clave de la fallida versión india de las Nuevas Rutas de la Seda- con Zaranj.

Lo que está en juego es un paso fronterizo vital entre Irán y Afganistán, además de un corredor de transporte para el sudoeste y el centro de Asia. Sin embargo, los talibanes controlan ahora el comercio en el lado afgano. Y Teherán acaba de cerrar el lado iraní. Nadie sabe qué ocurrirá a continuación.

Los talibanes están llevando meticulosamente a cabo un plan maestro estratégico. No hay evidencias contundentes del mismo todavía, pero (¿ayuda externa altamente informada, inteligencia pakistaní del ISI?) es plausible.

En primer lugar, conquistan las zonas rurales, algo que han conseguido prácticamente en al menos el 85% del territorio. Después, controlan los puestos de control fronterizos clave, como los de Tayikistán, Turkmenistán, Irán y Spin Boldak con Baluchistán en Pakistán. Por último, tratan de rodear y tomar metódicamente las capitales de provincia: en eso estamos ahora.

El acto final será la batalla por Kabul. Es posible que esto tenga lugar ya en septiembre, en una retorcida “celebración” de los 20 años del 11-S y de los bombardeos usamericanos sobre los talibanes de 1996-2001. 

12/09/2021

PEPE ESCOBAR
O que esperar dos Talibã 2.0

Pepe Escobar, Asia Times, 8/9/2021
Traduzido pelo Coletivo de Tradutores Vila Mandinga

O anúncio dos nomes dos ministros do gabinete do novo governo interino do Emirado Islâmico do Afeganistão, pelo porta-voz dos Talibã Zahibullah Mujahid, em Cabul, já provocou grande tumulto: conseguiu enfurecer os dois lados, o OTANistão woke,[i] e o Estado Permanente (orig. Deep State, lit. “Estado Profundo”[ii) dos EUA.

A lista dos ministros

É gabinete formado só de homens, predominantemente pashtuns (há um uzbeque e um tadjique), prêmio à velha guarda dos Talibã. Os 33 membros do gabinete de governo do Afeganistão são Talibãs.

Mohammad Hasan Akhund – que presidiu a Rehbari Shura Talibã, ou Conselho de Líderes, por 20 anos – será o primeiro-ministro interino. Para todas as finalidades práticas, Akhund é considerado terrorista pela ONU e pela União Europeia, e está sob sanções do Conselho de Segurança da ONU. Não é segredo que Washington considera Organizações Terroristas Estrangeiras [ing. Foreign Terrorist Organizations] algumas facções dos Talibã; e que os Talibã carregam uma sanção especial como organização “Terrorista Global”.

É crucial salientar que Himatullah Akhundzada, Líder Supremo dos Talibã desde 2016, é Amir al-Momineen (“Comandante dos Crentes”). Não pode ser primeiro-ministro; seu papel, como líder supremo espiritual, é fixar orientações para o Emirado Islâmico e mediar disputas – incluídas as disputas políticas.

Akhundzada distribuiu uma declaração na qual se lê que o novo governo “trabalhará muito para manter as regras do Islamismo e a lei da sharia no país” e garantirá “paz, prosperidade e desenvolvimento duradouros”. Acrescentou que “o povo não deve tentar deixar o país”.

13/12/2021

PEPE ESCOBAR
“Reconquista”: Em 2022, um argelino islamofóbico quer ‘limpar’ a França do ‘perigo muçulmano’

Pepe Escobar, The Cradle, 9/12/2021

Traduzido pelo Coletivo de Tradutores Vila Mandinga

“— Re quê?, indagou Bianchon.
— Re-toque.
— Re-trato.
— Re-talho.
— Re-tranca.
— Re-truque.
— Re-treta.
— Re-tinto.
— Re-torama.

Essas oito respostas partiram de todos os lados da sala com a rapidez de uma fuzilaria e se tornaram ainda mais engraçadas porque o pai Goriot olhava para os convivas com expressão aparvalhada, como alguém que procura entender uma língua estrangeira.”

Pai Goriot
, Balzac, 1835, tradução e notas de Paulo Rónai,
aqui, pág. 71*

 

https://media.thecradle.co/wp-content/uploads/2021/12/1-1200x567.jpg 

Francês islamofóbico e candidato à presidência, Eric Zemmour magnetiza a extrema direita com suas polêmicas racistas. Nome de família judeu berbere da Argélia, Zemmour significa azeitona em berbere e “buzina” em árabe. Foto: The Cradle


Em agudo contraste com o ambiente político moroso por toda a Europa, a eleição na França – contra todas as probabilidades – promete agora se tornar uma das disputas mais interessantes que teremos em 2022.
Justo quando todos, da Normandia à Côte d’Azur pareciam já conformados a sofrer um segundo surto de macronismo, Eric Zemmour, polemista convertido em político, aparece com uma reviravolta no enredo.
E precisou menos de uma semana. Na 2ª-feira, 29 de novembro, Zemmour
anunciou oficialmente  que concorrerá às eleições. Chegou com cenário completo à De Gaulle, lendo discurso ao som de Beethoven, frente a um microfone antiquado e cercado por livros.
Ali Zemmour anunciou o nome de seu novo partido político: ‘Reconquista’ – inspirado na batalha de sete séculos que os cristãos tiveram de enfrentar para expulsar os mouros da Ibéria, o que afinal conseguiram em 1492.
Para Zemmour e seus ávidos acólitos, trata-se simplesmente de reconquistar a França, arrancando-a outra vez das mãos do inimigo muçulmano.
Depois, no domingo, 5 de dezembro, realizou
seu primeiro comício de candidato diante de mais de dez mil pessoas. Nenhum político francês hoje consegue arrastar semelhante multidão.

07/07/2023

SERGIO RODRÍGUEZ GELFENSTEIN
L’ inéluctable dédollarisation du monde (I)

Sergio Rodríguez Gelfenstein, 5/7/2023
Original español
English
Traduit par
Fausto Giudice, Tlaxcala

Dans des articles précédents, nous avons dit que le pouvoir impérial repose sur trois piliers : son grand appareil militaire, sa supériorité incontestable en termes de contrôle de l’appareil culturel et médiatique mondial, et le pouvoir qu’il s’octroie d’être le détenteur et l’unique émetteur du dollar, la monnaie qui joue le rôle de principal instrument d’échange pour le commerce mondial.

Dans les prochains articles, nous nous concentrerons sur les deux premiers, dont la situation est différente et présente des particularités car, alors que la prédominance militaire commence à s’estomper, la prépondérance dans le domaine de la culture et des communications est devenue l’outil principal pour maintenir leur hégémonie.

Aujourd’hui, nous donnerons quelques indices sur l’évolution du processus de dédollarisation, qui semble être le plus actif et celui qui montre les progrès les plus rapides dans l’affaiblissement de la puissance mondiale des USA.

 

Les chiffres sont clairs : en 2001, les réserves mondiales en dollars représentaient 73 % du total ; en 2021, ce chiffre était tombé à 55 % et à 47 % l’année suivante. Cela montre que l’année dernière, la part du dollar dans les finances mondiales a chuté 10 fois plus vite que la moyenne des deux dernières décennies, ce qui est sans aucun doute un chiffre d’une portée extraordinaire. Selon l’analyste international brésilien Pepe Escobar, « il n’est pas déraisonnable de prévoir que la part du dollar dans le monde ne sera plus que de 30 % à la fin de 2024, ce qui coïncidera avec la prochaine élection présidentielle usaméricaine ».

Paradoxalement, ce qui a été à l’origine de cette chute brutale a été le gel à l’Ouest des réserves russes (plus de 300 milliards de dollars), ce qui a sonné l’alarme sur le fait qu’il n’était plus sûr de détenir des réserves en dollars à l’étranger. Dès lors, une véritable avalanche de dédollarisation s’est déclenchée et s’est manifestée par des décisions de pays et d’alliances internationales à travers le monde.

Bien que le processus ait suivi un développement graduel, le moment où il a atteint un niveau de profonde accélération pourrait être situé en avril de l’année dernière. Peut-être, si nous voulions fixer pour l’histoire un événement qui exprime le moment d’influence de ce cours, pourrions-nous le situer au moment où le président brésilien Lula da Silva a réfléchi à haute voix sur la question lors de son voyage en Chine en avril dernier : « Chaque nuit, je me demande pourquoi tous les pays doivent commercer avec le dollar [...] Pourquoi ne pouvons-nous pas commercer avec nos propres monnaies ? Qui a décidé que le dollar devait être la monnaie (mondiale) après la disparition de l’étalon-or ? Pourquoi pas le yuan, le real ou le peso ? »

Quelques jours plus tôt, le 30 mars, le Brésil et la Chine avaient annoncé un accord commercial qui leur permettrait d’utiliser les monnaies des deux pays, respectivement le yuan et le real. Cette décision, qui n’était pas la première, s’inscrivait dans une dynamique qui allait suivre, incitant d’autres pays d’Amérique latine et d’autres régions à faire de même.

Ainsi, l’Argentine, dans une situation de crise économique et financière profonde causée par un manque de devises étrangères aggravé par les impositions du Fonds monétaire international (FMI) et une négociation difficile du remboursement de la dette, a décidé de renoncer au dollar pour le paiement de sa dette, en se tournant vers le yuan chinois, non seulement pour commercer avec Beijing, mais aussi pour payer sa propre dette auprès du FMI.

Des processus similaires ont commencé à être décidés ailleurs dans le monde en avril. Ainsi, la Thaïlande et la Chine ont entamé des pourparlers en vue de promouvoir davantage leurs monnaies nationales pour le commerce bilatéral, qu’elles utilisent depuis des années pour les transactions entre les deux pays. De même, la Banque populaire de Chine a établi des mécanismes de coopération avec le ministère japonais des finances, la Banque centrale de Malaisie et la Banque d’Indonésie afin d’utiliser les monnaies nationales pour le commerce, les investissements et les paiements du secteur privé.

De même, d’autres pays comme la Russie, l’Arabie Saoudite, la Biélorussie, l’Iran et l’Egypte ont rejoint le processus de dédollarisation et encouragent l’utilisation des monnaies nationales pour le commerce bilatéral, ce qui a déclenché l’alarme à Washington, qui assiste impuissant à l’effondrement de l’un des piliers de sa domination mondiale. Dans ce sens, le sénateur républicain Marco Rubio a déclaré que « si cette tendance se poursuit, dans 5 ans, la Maison Blanche ne pourra plus sanctionner aucun pays ». De même, Janet Yellen, secrétaire au Trésor usaméricain, a déclaré qu’il serait difficile de cesser d’utiliser le dollar, mais qu’elle reconnaissait que si cela se produisait, les conséquences seraient très graves pour son pays. Elle a dû admettre que « les sanctions contre la Russie ont poussé des pays à cesser d’utiliser la monnaie américaine ».

Poursuivant ce qui, à la fin du mois d’avril, semblait être une évolution inévitable, le président syrien Bachar el-Assad a appelé à abandonner le commerce avec le dollar en proposant de remplacer la monnaie usaméricaine par le yuan chinois. Selon le dirigeant syrien, « ...la guerre entre l’Occident, dirigé par les USA, et les pays souverains est principalement économique, [et] il est donc nécessaire de se débarrasser des chaînes du commerce avec le dollar usaméricain ».

De même, le 22 avril, le Bangladesh et l’Inde ont décidé d’effectuer une partie de leurs transactions commerciales bilatérales dans leurs monnaies nationales respectives, le taka et la roupie. Selon Afzal Karim, directeur général de la Sonali Bank Limited, la principale banque commerciale publique du Bangladesh, cette décision repose sur la conviction que « le commerce bilatéral avec l’Inde en takas et en roupies réduira la pression exercée par le dollar usaméricain, ce qui sera bénéfique pour les deux pays ».

Dans ce contexte, les ministres des affaires étrangères des BRICS, réunis au Cap le 1er juin, ont abordé la question en discutant du lancement éventuel d’une monnaie commune pour faire avancer le processus de dédollarisation et de son éventuelle expansion, dans la perspective du sommet des chefs d’État et de gouvernement du bloc économique qui se tiendra en août prochain. À cet égard, le ministre sud-africain des relations internationales et de la coopération, Naledi Pandor, a déclaré qu’il s’agissait d’une question qui devait être discutée et “bien discutée”.

Si l’on considère que certains des pays impliqués jusqu’à présent dans le processus sont membres du groupe des  BRICS, que plus de 20 pays ont demandé à rejoindre ce conglomérat et qu’à ce stade, les cinq pays qui composent cette association produisent 32,1 % du PIB mondial contre 29,9 % pour le Groupe des Sept (G7), l’impact de ce qui se passe est d’une importance stratégique mondiale.

Suivant la tendance, l’Indonésie, l’une des plus grandes économies d’Asie du Sud-Est, s’est jointe à la décision du groupe des BRICS de s’éloigner du dollar et de commercer dans sa propre monnaie, initiant ainsi la diversification de l’utilisation des devises sous la forme de LCT [Local Currency Trading, commerce en monnaie locale]. Selon le gouverneur de la Banque d’Indonésie, Perry Warjiyo, l’orientation est la même que celle des BRICS, mais l’Indonésie a en fait pris des décisions plus concrètes, Jakarta ayant déjà mis en place des échanges en monnaie locale avec plusieurs pays tels que la Thaïlande, la Malaisie, la Chine, le Japon et la Corée du Sud.

Dans ce contexte, le yuan est devenu en mars l'instrument financier le plus utilisé pour les transactions transfrontalières de la Chine, dépassant pour la première fois le dollar avec une augmentation de 26 % par rapport au mois précédent, selon un calcul de Reuters basé sur les données de l'Administration d'État des changes de Chine.

En mai dernier, suivant cette ligne directrice de la finance internationale, le gouvernement zimbabwéen a entrepris de lancer une monnaie numérique adossée à l’or afin de réduire sa dépendance à l’égard du dollar et de protéger ses citoyens des fluctuations monétaires. Selon la Reserve Bank of Zimbabwe (RBZ), dans un premier temps, des pièces numériques adossées à l’or seront émises à des fins d’investissement, avec une période de consolidation de 180 jours, et seront remboursables de la même manière que les pièces d’or physiques existantes.

En Amérique du Sud, à la suite de la décision bilatérale entre le Brésil et l’Argentine de commercer en monnaies locales, la Bolivie a annoncé qu’elle étudiait la possibilité d’abandonner le dollar usaméricain et d’utiliser le yuan chinois pour effectuer ses transactions internationales. Lors d’une conférence de presse tenue le 10 du même mois, le président bolivien Luis Arce a déclaré que l’Argentine et le Brésil, les deux plus grandes économies de la région, effectuaient déjà des transactions en yuan dans le cadre d’accords avec la Chine, et a expliqué que, bien que la région ait traditionnellement été influencée par les USA, de nombreux pays commercent désormais davantage avec la Chine qu’avec les USA, ajoutant qu’il s’agirait d’une tendance dans la région. Sur la base de ce diagnostic, Arce a déclaré que « la Bolivie ne pouvait pas rester à l’écart de ce qui se passe tout en faisant du commerce direct avec la Chine, [et] qu’il n’était donc pas nécessaire de commercer en dollars ».

Dans le même ordre d’idées, le président vénézuélien Nicolás Maduro a déclaré que son pays devait s’adapter à un système dans lequel « la monnaie n’est pas utilisée pour asservir le peuple », raison pour laquelle il a estimé que le Venezuela devait « se joindre à l’initiative de dédollarisation du monde ». En même temps qu’il ordonnait à son cabinet d’étudier d’autres alternatives pour les échanges commerciaux afin d’éviter l’utilisation politique que les USA font de leur monnaie, le président bolivarien a expliqué qu’« à mesure que le monde devient plus multipolaire, polycentrique et équilibré, un panier [plus large] de monnaies apparaîtra pour les échanges commerciaux et les opérations financières ».

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08/05/2021

Pepe Escobar: Brave new cancel culture world

 Asia Times, 30/4/2021

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If we need a date when the West started to go seriously wrong, let’s start with Rome in the early 5th century  

In 2020, we saw the enshrinement of techno-feudalism – one of the overarching themes of my latest book, Raging Twenties.

In lightning speed, the techno-feudalism virus is metastasizing into an even more lethal, wilderness of mirrors variant, where cancel culture is enforced by Big Tech all across the spectrum, science is routinely debased as fake news in social media, and the average citizen is discombobulated to the point of lobotomy.

Giorgio Agamben has defined it as a new totalitarianism.

Top political analyst Alastair Crooke has attempted a sharp breakdown of the broader configuration.

Geopoliticallly, the Hegemon would even resort to 5G war to maintain its primacy, while seeking moral legitimization via the woke revolution, duly exported to its Western satrapies.

The woke revolution is a culture war – in symbiosis with Big Tech and Big Business – that has smashed the real thing: class war. The atomized working classes, struggling to barely survive, have been left to wallow in anomie.

The great panacea, actually the ultimate “opportunity” offered by Covid-19, is the Great Reset advanced by Herr Schwab of Davos: essentially the replacement of a dwindling manufacturing base by automation, in tandem with a reset of the financial system.

The concomitant wishful thinking envisages a world economy that will “move closer to a cleaner capitalist model”. One of its features is a delightfully benign Council for Inclusive Capitalism in partnership with the Catholic Church.

As much as the pandemic – the “opportunity” for the Reset – was somewhat rehearsed by Event 201 in October 2019, additional strategies are already in place for the next steps, such as Cyber Polygon, which warns against the “key risks of digitalization”. Don’t miss their “technical exercise” on July 9th, when “participants will hone their practical skills in mitigating a targeted supply chain attack on a corporate ecosystem in real time.”

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